Perdidos 4×05: The Constant
Postado por SKJ.
Que episódio fantástico... Perdidos é isto, podemos ter um episódio que não agrada a todos, mas logo a seguir temos um que faz todos os fãs da série chorar para que o episódio nunca chegue ao fim. Neste 4x05, não temos Flashforward, nem Flashback, temos mais uma viagem de Desmond no tempo, uma viagem que faz deste episódio um dos melhores da série que nos deixa agarrados do primeiro ao último minuto e, como já disse, nos faz ainda chorar por mais.
Mas há que limpar as lágrimas e tentar resumir este episódio, o que não é nada fácil...

Viagem no tempo de Desmond:

Como já perceberam Desmond é o protagonista do episódio, e como sabemos, ele e Sayid estão a deixar a Ilha no helicóptero de Lapidus, quando de repente Desmond começa a sentir algo de estranho, os efeitos colaterais, aos quais Daniel Faraday, faz referência durante episódio. Desmond não sabe onde está, nem o que faz ali, nem sequer reconhece Sayid.

Os tripulantes do barco oferecem ajuda a Desmond mal ele aterra, mas tanto ele como Sayid não parecem confiar muito neles. Estes fecham Desmond numa enfermaria do barco, onde também se encontra George Mikowsky, que está a passar pelo mesmo problema de Desmond.

A partir daqui começamos a transitar (juntamente com Desmond) entre o ano 2004 e o ano 1996, ano em que Desmond ainda se encontrava alistado no exército.

Ainda na enfermaria, e enquanto Desmond “se encontra” em 1996, o médio do barco, o Dr. Ray, tenta perceber o que se passa com ele, quando Frank Lapidus entra pela enfermaria dentro, com o telemóvel na mão, anunciando que Daniel Faraday quer falar com Desmond, para o tentar ajudar.

Apesar das pessoas do barco tentaram impedir a conversa, Desmond fala com Faraday, que além de saber o que Desmond tem, ainda sabe como o ajudar, dando-lhe todas as indicações do que deve fazer quando voltar a 1996.

As indicações de Faraday passam por Desmond procurar por ele no ano de 1996, e pedir que ele sintonize uma maquina qualquer, numa espécie de coordenadas que ele lhe dá (podemos ver os valores na imagem de cima), coordenadas essas que tem apontadas numa espécie de Diário. Faraday diz ainda a Desmond que se quando for falar com ele no passado, para dizer-lhe que sabe sobre a Eloise.

Eloise é um hamester que Faraday usa nas suas experiências, na Universidade de Oxford, onde Desmond o vai procurar quando “regressa” a 1996. E depois de lhe falar de Eloise para o convencer, Faraday leva Desmond para uma sala onde aponta uma lâmpada para o hamester, e depois de inserir as tais coordenadas, o hamester consegue descobrir a saída de um labirinto, sendo que Faraday ainda não lhe tinha ensinado a sair dali. Ou seja, também o hamester viajou no tempo, mas o mais estranho é que ao contrario do que aconteceu com Desmond, o hamester viajou para o futuro e não para o passado. Estranho não?

O que é certo é que passado pouco tempo Desmond volta a 2004 e quando regressa a 1996, descobre que Eloise morreu e que acontecerá o mesmo consigo. Faraday explica-lhe que as pessoas que viajam no tempo ficam com o cérebro confuso e que sofrem curtos circuitos. Faraday explica também que para ele não morrer terá que encontrar algo em comum ente os dois “tempos” em que viagem, a tal constante que dá o nome ao episódio.

Desmond pergunta-lhe se essa constante pode ser uma pessoa, e depois de Faraday lhe confirmar que sim, Desmond vai à procura de Penny, pois sabe que só ela pode ser a sua constante.

Regressando ao ano de 2004, Desmond conta a Sayid que precisa de falar com Penny, e apesar de não se lembrar dele e de Sayid achar que falar com Penny não é uma prioridade (visto que foram fechados na enfermaria), Desmond acaba por o convencer a ajuda-lo. Enquanto isso, em 1996, Desmond tenta a todo custo descobrir o número de telemóvel de Penny.

É então que temos a parte mais emocionante do episódio, Desmond encontra-se com Mr. Widmore, o pai de Penny, que apesar de não os querer juntos, acaba por dar a direcção actuar da filha a Desmond, «para que ela própria lhe diga que não quer mais saber dele».

Desmond vai então ao encontro de Penny, que ao principio não quer falar com ele, mas depois acaba por ceder. Estes momentos são sem dúvida espectaculares. Desmond vai “andando” entre o ano 2004 e 1996. É véspera de Natal e Penny em 1996 encontra-se em casa, ainda a lamentar a ausência de Desmond, apesar de não o admitir.

Em 2004, Desmond e Sayid chegam, juntamente com George Mikowsky, à sala de comunicações que se encontra completamente vandalizada. Mikowsky acaba por confessar que foi ele a fazer aquilo, também ele não parece muito bem da cabeça, sendo que acaba mesmo por morrer alguns segundos depois. Mesmo sem a ajuda de Mikowsky, Sayid (só podia ser ele) arranja maneira de pôr um telefone a funcionar. Só falar o número de Penny, o número que Desmond não tem, mas que faz de tudo para arranjar.

Penny mostra-se resistente para dar o número a Desmond, mas este promete que não a chateará durante oito anos, oito longos anos que estará sem lhe ligar. Penny acaba por lhe dar o número e Desmond pede-lhe que nunca troque de número e que dai a oito anos, a 24 de Dezembro de 2004, lhe ligará.

E assim acontece. De regresso a 2004, Desmond passa o número de Penny a Sayid. O telefone toca.... e nos desesperamos... Desmond parece pronto a morrer, mas Penny atende e apesar de a conversa ser curta, muito curta, é emocionante, muito emocionante, deixando-nos a todos de coração nas mãos.

A conversa sobre algumas interferências, mas percebemos que Penny anda à procura de Desmond à três anos e que sabe da Ilha, prometendo que não desistirá enquanto não o encontrar. Não percebemos como é que ela sabe da Ilha, porque a chamada sofre cortes, mas Perdidos é assim, têm que ficar sempre mistérios no ar. Os dois trocam juras de amor, acabando a chamada por cair pouco depois, não sem os dois prometerem um ao outro que se vão voltar a encontrar custe o que custar.

Sayid pede desculpas a Desmond por não conseguir que eles falem por mais tempo, mas Desmond parece melhor, parece ter voltado a si, e para confirmar isso ele diz que foi suficiente, acabando com um “Obrigada Sayid”.

Na Ilha:

A verdade é que a Ilha quase que nem aparece neste episódio. Vemo-la quando Faraday, juntamente com Charlotte, explica a Jack e Juliet (que estão preocupados por não terem notícias do barco, mas Saiyd liga pouco depois) que quando as pessoas saem e entram na Ilha ficam algo confusas. De resto, só mesmo quando Faraday ajuda Desmond a encontrar a sua constante.

Final do Episódio:

O final do episódio é mais uma vez surpreendente. Este é daqueles episódios que parece que mais nada nos surpreende, mas pelo menos a mim surpreendeu e muito. Vemos Daniel Faraday afastado de todos os outros, meio que escondido atrás de uma árvore. Daniel folheia o seu Diário até que chega à página da imagem a cima, onde podemos ler “Se algo correr mal, Desmond Hume é a minha constante”.


Sem dúvida um episódio incrível que, como já referi, nos deixa a todos pregados de primeiro ao último minuto.
Já percebemos que a Ilha tem muitos mais mistérios do que aqueles que podíamos pensar. Há uma rota fixa para se poder entrar e sair. Quem se aproxima sem as devidas precauções sobre os tais “efeitos colaterais”, que Faraday referiu.
Mas o mais intrigante é que também este parece ser um viajante no tempo, ou para que é que precisava da constante? Talvez para prevenir o futuro? A verdade é que me lembrei da primeira vez que vimos Daniel Faraday, ele chorava enquanto via o acidente do avião dos nossos Perdidos será que através das viagens no tempo ele já sabia o que iria acontecer? E será o futuro assim tão mau, que o faça chorar?
E Penny? Como é que ela sabe da Ilha? Será que vai ser ela a ajudar os nosso Perdidos? Pelo menos parte deles...
A verdade é que este episódio é daqueles que nos apetece sentar com meia dúzia de amigos e conversar sobre ele, conversar tudo o que há para conversar, e passar horas nessa conversa, pois tema, ideias e teorias não parecem faltar.
Perdidos é assim... só uma série como esta podia ter o tão elevado número de faz que tem.
E como referiu o Náufrago: Perdidos é a nossa contante...

-> Gracias a Naufrago por las imágenes... puedem vistarlo en http://www.sangrefria.com/.

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