Sempre que há um PPV na WWE, há também um rescaldo desse PPV aqui no Diário do Contra. O Judgment Day não é excepção, por isso, segue o rescaldo completo.

Pareceu-me que o combate entre o John Morrinson e o The Miz contra o Finlay e o Horneswoggle foi uma boa escolha para abrir o PPV e até acabou por ser um combate que me surpreendeu. Teve excelentes momentos, com uma certa incerteza no que iria acontecer no fim, e quem acabaria por ficar com os títulos. O Morrinson e o Miz acabaram por manter os títulos, mas o Finlay e o Horneswoggle acabaram por fazer um grande combate (surpreendeu, sobretudo, o combate que o Horneswoggle fez) e como tinha dito nas minhas apostas para o PPV, acho que esta teria sido uma boa altura para os títulos terem mudado de mãos. Não sei se a feud é para continuar, mas acho que era altura de termos novos campeões, para que mais não seja para dar uma maior credibilidade aos títulos.

No combate que se seguiu era o título dos Estados Unidos que estava em jogo e devido a toda a “protecção” que o Chavo tem cheguei a pensar que ele pudesse vir a tornar-se campeão, uma vez que com a passagem do Matt Hardy para a ECW, cheguei a pensar que talvez ele passa-se a lutar pelo título da ECW. A verdade é que nada disto aconteceu, o Matt Hardy manteve o título e este foi sem dúvida um excelente combate, ao nível do que tanto um como outro já nos habituaram.

O combate seguinte opôs três pesos pesados da WWE e era o título da ECW que estava em jogo. Foi um combate um pouco lento, muito baseado na força e que teve um desfecho surpreendente. Parecia-me normal que com a passagem do Kane para a Raw, ele perder o título neste combate, mas nunca esperei que fosse para o Mark Henry, sempre pensei que seria o Big Show a ganhar, mesmo porque não me parece que o Mark Henry tenha o que é preciso para ser um campeão, mas ainda podemos ser surpreendidos, temos que esperar para ver...

Seguiu-se depois o combate mais surpreendente da noite. Todos queríamos saber quem seria o parceiro mistério do Ted DiBiasie, foram várias as apostas (eu cheguei a apostar no Carlito, sem saber que ele já estava na SmackDown), mas acho que todos fomos surpreendidos pelo que aconteceu. O Ted DiBiasie disse que o seu parceiro estava atrasado e que podiam ir começando o combate, e depois tudo acontece, o Cody Rhodes trai o Hardcore Holly e, juntamente com o Ted DiBiasie, tornam-se os novos campeões mundiais de Tag Team. A WWE tem disto, consegue sempre surpreender-nos.

Aqui também alguns foram surpreendidos, quanto ao possível adversário do Jericho no combate pelo título Intercontinental. O “escolhido” acabou por ser o Kofi Kingston, que acabou mesmo por ganhar o título, depois de um excelente combate em que também o HBK foi metido ao barulho. Mas foi sem dúvida um combate muito bom, em que o Kofi Kingston mostrou porque merece ser campeão e porque é que o público tanto o apoia.

Tivemos depois mais um excelente combate de Divas, este bastante curto, em que a Mickie James mostrou mais uma vez que são poucas as que lhe conseguem fazer frente. Como disse o combate foi curto, mas com excelentes momentos, e onde a Katie Lea Burchill mostrou ser uma boa lutadora, mas na minha opinião ainda não está ao nível da Mickie James que actualmente merece ser a campeã feminina.

Para o fim do PPV, como era de esperar, ficaram os combates pelos títulos principais, sendo que o primeiro a ser defendido foi o título Mundial. Tinha apostado na vitória do Edge e com a sempre útil ajuda da sua “família” ele acabou por ganhar e ao contrário do que muita gente esperava, não se verificou uma vitória do Batista para que este leva-se o título Mundial para a Raw. O combate em si foi bom, mas acabou por não ter assim tanto impacto como os últimos combates que temos visto pelo título Mundial. Com o Undertaker, tudo fica mais fácil...

Para terminar o PPV, tivemos um dos combates mais esperados da noite: Triple H vs. John Cena, pelo título Mundial. É claro que quem estava a assistir pensou: «Isto agora não há dúvidas, o Cena ganha», mas a realidade é que isso não se verificou e depois de um excelente combate entre estes dois, onde a vitória podia ter pendido para qualquer um dos lados, o Triple H acabou por sair vencedor e assim manter o título. Foi então que todos pensaram: «Aparece Punk... aparece... por que é que estás a demorar tanto?». A verdade é que o CM Punk não apareceu e o Triple H acabou a noite como campeão da WWE e a SmackDown! com os dois títulos principais.


Resumidamente, este Night of Champions, foi um excelente PPV, com excelentes combates e com excelentes momentos, entre eles algumas surpresas.
Desde logo a traição do Cody Rhodes, que acho que não passou pela cabeça de ninguém, desde a surpreendente vitória do Mark Henry.
Outra boa surpresa foi, sem dúvida, a vitória do Kofi Kingston e a consequente conquista do título Intercontinental, bem como o facto dos dois título principais não terem mudado de mãos e a SmackDown! permanecer com os dois títulos.
É claro, que depois a WWE nos conseguiu surpreender, e quem viu a última Raw (ou pelo menos viu os resultados) sabe do que estou a falar e acho eu o CM Punk já merecia um título com este “peso”. A WWE é sim, quando parece que já percebemos tudo é quando mais facilmente somos surpreendidos.
Se calhar, já que todos os títulos estavam em jogo, esperávamos que mais um ou outro muda-se de mãos, o que não veio acontecer, mas até podemos ter novidades muito em breve, tendo em conta o que vimos na última Raw.
Espero que tenha gostado da crónica, e como sempre fico a espera dos vossos comentários, pois sem eles esta crónica não tem piada nenhuma.