Ir ao teatro é uma experiência diferente de todas as outras. Ontem, voltei a ir ver uma peça e só posso dizer que sai de lá com um sorriso na cara e satisfeito da vida.

Ri-me, entristeci, reflecti sobre vários assuntos, tudo na mesma peça. A sala estava cheia, parece que é assim todos os dias, a peça era muito boa, os actores ainda melhores, a orquestra também era do melhor... tudo no ponto, para deixar qualquer um satisfeito.

Quando a peça acabou, toda a gente aplaudiu efusivamente, principalmente, quando a artista principal apareceu no palco. Toda a gente aplaudia de pé e bem que ele merecia.

Depois tivemos ali, não contei bem o tempo, a aplaudir todos os actores que iam agradecendo com algumas vénias e com alguns gestos. O pano desceu e nós continuávamos a aplaudir e eles bem mereciam, o pano voltou a subir e eles voltaram a agradecer. Ninguém parava de bater palmas... e o pano voltou a descer.

Acho que teríamos estado lá mais 10,15, 30 minutos, uma hora se fosse preciso, mas a voz off, agradeceu a nossa presença, esperando que nós tivéssemos gostado e que voltássemos em breve. A sala começou a ficar vazia e eu teria ficado lá mais uns minutos, mas achei por bem também sair.

Pelo caminho não podia deixar de pensar em tudo aquilo pelo que tinha passado e quando chegava ao fim da peça não pode deixar de pensar que nunca iria ser aplaudido daquela maneira, o que não me espanto, pois só os maiores é que são aplaudidos assim e aquele actor principal (bem como alguns dos outros que lá estavam) são mesmo os maiores e mereciam, e muito, aquelas palmas.

Isto é a magia do teatro, quando lá se é o maior, é se o maior... e não há mais história para contar...