Rescaldo do Judgment Day 2009
Postado por SKJ.

No passado fim-de-semana, a WWE apresentou-nos um excelente PPV, com bons combates e algumas surpresas, sendo que desta vez, e apesar de estarem quatro títulos em jogo, não houveram novos campeões, o que é pena, pois os PPV’s costumam beneficiar com as mudanças de campeões.

O PPV abriu com o combate entre o CM Punk e o Umaga, sendo o primeiro aquele que começou melhor e que teve algum ascendente logo no inicio do combate, conseguindo ficar por cima quando o adversário tentava responder. Depois o Umaga conseguiu inverter a tendência das coisas, servindo-se da sua força bruta para castigar o corpo do adversário, e assim, colocar-se por cima no combate. O Punk ia conseguindo responder, mas sem grandes consequências, o que fazia com que o Umaga domina-se e controla-se o combate. Apesar de tudo, o CM Punk conseguiu escapar ao primeiro pin, o que lhe permitiu ganhar algum ímpeto, tentando um roll up, mas sem sucesso, pois foi atingido pelo corpo do Umaga do peito, conseguindo, ainda assim, escapar ao pin, depois de ser castigado e dominado durante algum tempo. O combate continuava com a mesma tendência, ou seja, com o Umaga a dominar e a castigar por completo o Punk, que só ganhou algum ímpeto ao levar o adversário para fora do ringue, mas com o Umaga a escapar ao pin por duas vezes. As coisas, mesmo assim, estavam a sorrir ao Punk, que ia partir para o GTS, que o Umaga inverteu para Samoan Drop, mas com o Punk a conseguir escapar ao pin. O que lhe possibilitou tentar aplicar de novo o GTS, mas de novo sem sucesso, acabando por vir a sofrer um Samoan Spike, que garantiu a vitória ao Umaga. Penso que este foi um bom combate, a ser bem escolhido para abrir o PPV, mas o que não percebo é a derrota do Punk, que vem a perder combate após combate, principalmente em PPV’s, o que não o beneficia nada, muito menos sendo ele o Mr. MITB.

Seguiu-se o combate em que o título da ECW estava em jogo, e mais uma vez tivemos um excelente combate entre o campeão Christian e o Swagger, o que me leva a desejar que esta feud seja para durar, pois a ECW irá beneficiar muito com isso e nós teremos a certeza que teremos excelentes combates entre os dois. O combate começou equilibrado, com os dois a darem muito bem conta de si e proporcionarem um excelente espectáculo, e a responderem à altura sempre que o adversário ganhava algum ascendente. Sendo que foi o campeão o primeiro a ganhar algum ascendente, castigando o Swagger fora do ringue. Mas, mais uma vez, o Swagger conseguiu responder à altura, atirando o adversário contra o poste de aço, levando-o rapidamente para dentro do ringue, mas a não ser bem sucedido no pin. O domínio do Swagger prolongou-se, com o campeão em dificuldade para responder. Até que este conseguiu bloquear um salto do canto por parte do adversário, o que lhe deu algum ímpeto, saltando ele do canto para cima do adversário, que ainda assim escapou ao pin. A partir daqui o combate ficou bastante equilibrado, com grandes momentos de parte a parte e com alguns pin’s, ainda que mal sucedidos. O combate estava mais emocionante do que nunca, com a vitória a poder sorrir a qualquer um dos dois, acabando por sorrir ao campeão, depois de um roll up, que lhe garantiu a vitória, ainda que puxando pelos calções do adversário. Sem dúvida, um excelente combate, como já disse, ao nível do que os dois nos vêm a habituar e espero que esta seja um feud para manter durante mais algum tempo.

Depois tivemos um combate que não estava nas minhas apostas, pois foi marcado “à última da hora”. Estou a falar do combate entre o John Morrison e o Shelton Benjamin, que seguiu para o ringue acompanhado pelo Charlie Haas, o que me leva a concluir que os dois irão voltar a formar uma tag team, o que não deixa de ser uma boa notícia para a divisão. Quanto ao combate, começou com o Shelton logo ao ataque, mas com o Morrison a não tardar a responder, ganhando algum ímpeto, que acabou por perder depois de se distrair com o Charlie Haas, mas mesmo assim a conseguir escapar ao pin. O Shelton continuava por cima no combate, servindo-se do seu atletismo para castigar o corpo do adversário, que não conseguia responder à altura. A certa altura o Morrison conseguiu equilibrar o combate, conseguindo mesmo um pin, que o Shelton conseguiu romper. Isto deu algum ímpeto ao Morrison que voltou a estar perto da vitória, mas com o Shelton mais uma vez a romper o pin, conseguindo ele o pin quase de seguida, mas também sem sucesso. O combate seguiu equilibrado, com grandes momentos de parte a parte, e com alguns pin’s sem sucesso, acabando por ser o Morrison a conquistar a vitória depois de um espectacular Starship Pain. Sem dúvida um bom combate, que deu para entreter, mas sem grande história por trás, e que deixa em aberto o que será o futuro destes dois lutadores, que têm qualidade para dar e vender, mas precisam de ser bem aproveitados, principalmente o Morrison.

Depois foi a vez do título Intercontinental ser posto em jogo, com o Chris Jericho a tentar destronar o campeão Rey Mysterio. O combate começou com o campeão logo à procura do 619, mas com o Jericho a escapar saindo do ringue, sendo que quando voltou para dentro deste, começou a dominar o combate, castigando o corpo do Rey, sendo que este ia respondendo aqui e ali, ganhando algum ímpeto, principalmente, quando conseguiu levar o adversário para fora do ringue, conseguindo o pin, mas com o Jericho a escapar e a não tardar, a equilibrar o combate. A partir daqui o Jericho começou a ganhar novo ascendente, passando a dominar o campeão, que ia escapando aos sucessivos pin’s do adversário. O Jericho continuava a dominar, tentando inclusive arrancar a máscara ao Rey Mysterio, o que lhe parece ter dado algum ímpeto, conseguindo até alguns pin’s, mas com o Jericho a responder à altura e quando parecia que este ia voltar a dominar o combate, invertendo mais do que uma vez o 619 do adversário, o combate ficou mais equilibrado e emocionante do que nunca, com pin’s de parte a parte, acabando a vitória por sorrir ao Rey, depois de um 619 junto ao canto do ringue, depois do Jericho ter batido com a cabeça no poste. Um bom combate, onde se chegou a pensar que o Jericho sairia como campeão, mesmo porque o Mysterio se parece ter ressentido da sua lesão no joelho, mas com este a conseguir, quanto a mim, uma justa vitória.

Segui-se mais um combate com o título em jogo, desta vez o título da WWE, opondo-se o Batista ao campeão Randy Orton, que começou o combate a “fugir”, mais do que uma vez, do ringue, para evitar o domínio que o adversário ia conseguindo. Quando o campeão decidiu combater, o Batista continuou a dominar o combate, castigando o corpo do adversário com toda a sua força, até que, atirando o adversário para fora do ringue, o Orton ganhou algum ascendente, atirando o Batista contra tudo o que lhe aparecia à frente, mas sem ser bem sucedido no pin. Era o Orton quem continuava a dominar, por esta altura, procurando sempre que possível o pin, ainda que o Batista fosse tentando responder aqui e ali, mas sem conseguir ficar por cima no combate. Apesar de todas as tentativas do Batitsa, era o Randy Orton quem ia ficando sempre por cima e ia tendo o controlo do combate, até que, quando o campeão procurava o seu, já famoso, pontapé, o adversário conseguiu responder à altura, aplicando um potente spear, que lhe permitiu equilibrar o combate, dando-lhe depois algum domínio, e dando sempre a ideia que a vitória lhe poderia sorrir, pois conseguiu vários pin’s. O Orton vendo-se dominado, tentou que o arbitro chegasse a contagem de dez, por ele estar fora do ringue, mas o Batista ia trazendo-o sempre para dentro deste antes do dez. O campeão vendo que não teve sucesso na sua primeira “artimanha” tentou, em seguida, usar uma cadeira, mas o adversário voltou a estragar-lhe os planos, mas sem conseguir ser bem sucedido no pin. O Batista procurou, então, o Batista Bomb, mas o Orton conseguiu evitá-lo fugindo, mais uma vez do combate, sendo que desta vez já se preparava para fugir para os balneários, com o Batista a ir, mais uma vez, atrás dele e a traze-lo, de novo, para o ringue, onde procurou de novo o Batista Bomb, mas o Orton voltou a escapar, tentando de seguida o RKO, mas também ele sem sucesso. O combate estava emocionante, com a vitória a poder sorrir a qualquer um dos e dois e quando o Randy tentava um novo RKO, o Batista empurrou o adversário, para evitar o seu finisher, fazendo com que este fosse contra o arbitro, o que levou o Orton a aproveitar-se da situação, pois deu uma chapada ao arbitro, que não teve outra hipótese que não fosse desqualifica-lo, o que deu a vitória ao Batista no combate, mas que fez com que o Orton permanecesse como campeão. Mal a campainha soou, os restantes membros dos Legacy subiram ao ringue para atacar o Batista juntamente com o Orton, e as coisas estavam mal paradas para o Animal não fosse o Ric Flair a aparecer e a vir em auxilio do Batista, ajudando-o a limpar o ringue. Este combate acabou por ser melhor do que eu estava à espera, mas o final acabou por ser estúpido, pois detesto quando os combates pelo título acabam em desqualificação, mas situações como este já não são novidade nos reinados do Randy Orton. Quanto ao aparecimento do Ric Flair, já se especula muito sobre isso, inclusive a ideia do regresso dos Evolution (sem o Orton), o que até pode ser uma boa ideia. Vamos esperar por nova novidades...

Tivemos, depois, o combate entre o John Cena e o Big Show, sendo que me surpreendeu este combate ser o penúltimo da noite. O combate começou com os dois intervenientes a procurarem a melhor maneira de atacarem o adversário, acabando por ser o Big Show a tomar a iniciativa, o que lhe permitiu começar a dominar o combate desde cedo, castigando de todas as formas o corpo do adversário. Aliás o Big Show esteve quase sempre por cima no combate, dominando o adversário por completo, apesar das respostas que o Cena ia tentando dar. Contudo, e apesar de estar a ser dominado, o Cena ia conseguindo escapar aos pin’s, apesar das coisas estarem muito complicadas para ele e do adversário não lhe estar dar qualquer tipo de hipóteses, pois as suas tentativas de resposta duravam, no máximo, cinco segundos. Mas indo ao fundo das suas forças, o John Cena conseguiu ganhar algum ímpeto, invertendo um chockslame num DDT, mas não conseguiu aguentar este ímpeto durante muito tempo, pois o Big Show voltou à carga depois deste não lhe ter conseguido aplicar o STF. O Big Show estava outra vez por cima no combate, até falhar um salto do canto, que levou o Cena a procurar o STF de novo, mas outra vez sem sucesso. O combate estava, agora, equilibrado, com o Cena a insistir no STF e com o Big Show a servisse da sua força bruta para se colocar em vantagem, sendo que, quando este procurava pôr o adversário KO com o seu potente murro, o Cena inverteu o ataque para um Attitude Adjustment, que lhe garantiu a vitória no combate. Um bom combate, com o Big Show a dominar, mas com o Cena a conseguir a vitória, de uma forma impressionante, no final.

Para o final ficou o combate com o título Mundial em jogo, entre o Edge e o Jeff Hardy, e neste combate tudo poderia acontecer e o vencedor era imprevisível. O combate começou equilibrado, com ligeiros ascendentes de parte a parte, mas sempre com os adversários a conseguirem equilibrar. O combate estava a ser muito bem disputado, com excelentes momentos por parte dos dois, que iam fazendo de tudo para ficarem por cima no combate, o que lhes podia permitir ficar mais perto da vitória. A certa altura era o Edge quem ia tendo o domínio do combate, castigando o adversário e ia procurando o pin, mas sempre com o Jeff a conseguir escapar. O Hardy estava em dificuldades, mas nem por isso deixava de tentar a resposta, sendo que, apesar de tudo, era o Edge quem ia ficando por cima e dominava o combate, pondo, rapidamente, fim as tentativas de resposta do adversário, procurando, constantemente, o pin, onde não conseguia ser bem sucedido. Contudo, o Jeff Hardy conseguiu ganhar algum ímpeto, equilibrando o combate e procurando o pin, mas com o Edge a escapar, mais do que uma vez. O combate voltava ao equilíbrio inicial, com pin’s e investidas de parte a parte, mas com o respectivo adversário a conseguir-se manter no combate. O combate estava emocionante, com excelentes momentos, com vários pin’s e com várias tentativas de finisher, o que tornava o resultado final imprevisível, dando a ideia que a vitória podia sorrir a qualquer um dos dois. A certa altura, o Jeff levou o adversário para fora do ringue, colocando-o em cima da mesa dos comentadores e quando tentava saltar para cima dele, ganhando balanço na barra de protecção do público, o Edge aplicou-lhe um spear em pleno ar. Rapidamente, o campeão foi para dentro do ringue e quase conseguiu a vitória, pois o adversário só sobre os dez é que conseguiu entrar no ringue. Tudo isto deixou o Edge bastante frustado, indo de imediato atrás do adversário, que respondeu com um Twist of Fate, e só não foi bem sucedido no pin, porque o campeão colocou o pé na corda. O Jeff voltou a estar perto da vitória, depois de um Whisper in the Wind, mas mais uma vez o campeão sobreviveu. O combate seguiu fora do ringue, passando mesmo para o público de onde surgiu o Matt Hardy, que atacou o irmão à traição, mas mesmo assim este escapou ao pin, só acabando por perder o combate depois de um Edgecution de cima do canto, que permitiu que o Edge continuasse como campeão. Este foi, sem dúvida, um excelente combate, talvez o melhor da noite, que acabou por surpreender, tanto com a vitória do Edge, que ultimamente tem tido curtos reinados, como pelo facto do Matt Hardy ter, mais uma vez, costado a vitória ao irmão.


Resumidamente, tivemos um bom PPV, claro que não foi tão bom como o Backlash, mas mesmo assim tivemos um bom PPV.
Mas tenho que reflectir sobre alguns pontos. Desde logo, o facto do Matt Hardy ter voltado a agredir o irmão, sempre pensei que as coisas entre os dois estavam resolvidas e não me parece ser uma boa ideia que se retome a feud.
Outro ponto que não me agradou foi a derrota do CM Punk, que está a perder a credibilidade como Mr. MITB, bem como a desqualificação do Orton que em nada beneficia um combate pelo título, muito menos num PPV.
O aparecimento do Ric Flair é uma boa notícia, a ver os planos que a WWE terá para ele no futuro, isto se esta não tiver sido uma aparição isolada.
Por fim queria chamar a atenção para uma situação que aconteceu tanto no combate pelo título da WWE, como no combate pelo título Mundial: na minha opinião, o campeão, lute contra quem lutar, deve ser sempre o último a entrar, coisa que não aconteceu em nenhum dos combates.
Apesar de nem tudo ser perfeito, como já disse, penso que tivemos um bom PPV e gostava de saber o que vocês acharam dele, destacando o que mais gostaram e o que menos gostaram.
E como sempre fico à espera dos vossos comentários, criticas e sugestões e da vossa opinião não só sobre este tema, mas bem como de outros que achem por bem opinar.
Até à próxima...

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