Rescaldo do Night of Champions 2009
Postado por SKJ.

No passado fim-de-semana, a WWE apresentou-nos mais um excelente PPV, desta vez com todos os títulos em jogo, com alguns títulos a mudarem de mãos, com excelentes combates e com algumas surpresas, bem interessantes.

A noite abriu com um dos combates que mais curiosidade suscitava aos fãs, principalmente, para saber quem seria o parceiro do Jericho, nesta combate em que os títulos de Tag Team estavam em jogo. Muito se especulou, muitas apostas se fizeram, mas acho que (tal como eu) ninguém estava a espera que o Big Show fosse o eleito. E penso que esta foi uma excelente escolha, com bastante lógica, pois na verdade o Big Show não está envolvido em nada de importante e sempre pode entrar numa boa feud ao lado do Jericho. Quanto ao combate, começou com o Big Show a dominar o Cody Rhodes, o que já não é novidade para este, mas desta vez ele lá respondeu e pode-se dizer que a partir daqui foram os Legacy quem estiveram no controlo, principalmente a partir do momento que o Jericho entrou no combate. Sempre com um excelente trabalho de equipa, o Rhodes e o DiBiase iam castigando o Jericho, mantendo-o longe do seu canto, nem que para isso fosse preciso jogar sujo quando o arbitro não estava a ver. O combate estava mexido, com respostas de parte a parte e com pin’s que nunca eram bem sucedidos, quer dum lado, como do outro. No final, o Big Show conseguiu entrar em ringue e depois de uns minutos de muita acção com gente a entrar e a sair do ringue e com o arbitro sem mãos a medir para tirar quem não estava legal de dentro do ringue, o Big Show aplicou o clutch no Ted DiBiase, que não teve outro remédio senão desistir. Sem dúvida um bom combate, onde foi curioso ver o público do lado do Jericho e onde falhei redondamente na aposta, pois sempre pensei que os Legacy iriam levar os títulos, mas tal não aconteceu e penso que esta equipa Big Show/Jericho irá dominar a divisão de Tag Team nos próximos tempos.

Seguiu-se o combate pelo título da ECW, onde mais uma vez fui surpreendido com uma vitória do Christian, pois estava à espera que o Tommy Dreamer permanecesse como campeão depois de tudo o que se passou nos últimos tempos. O combate, foi equilibrado e ao nível do que os dois já nos têm vindo habituar nos últimos tempos. O Christian esteve em grande nível, mostrando, como já toda a gente percebeu, que é um lutador de topo e que merece o título, bem como outros voos maiores para a sua carreira. O Dreamer também esteve muito bem, mas sem grande reacção por parte do público, que talvez já quisesse uma mudança de campeão na ECW. Sem dúvida, um excelente combate, com vários pin’s e roll up’s de parte a parte, que nunca eram bem sucedidos e que de imediato tinham resposta por parte do adversário. O final foi emotivo, com a vitória a poder sorrir a qualquer um dos dois, mas com o Christian a chegar à vitória depois de um Kill Switch. Uma excelente vitória do Capitão Carisma, num excelente combate, restando agora saber quem se irá “meter no caminho” do campeão, já no SumeerSlam.

E devo dizer que, para mim, as surpresas não se ficaram pelos combates anterior, pois se havia título que eu achava que iria mudar de mãos, era o títulos dos Estados Unidos. Não que não goste do Kofi, mas sim porque acho que ele já é campeão à algum tempo e porque tinha adversários de peso neste combate, isto apesar de um dos candidatos à vitória, o Big Show, ter ficado de fora (por razões óbvias) sendo substituído pelo Primo. O combate foi bom, com muita acção, bastante rápido e com vários spots seguidos, ou seja, um típico combate com seis homens envolvidos. Quem mais deu espectáculo foi o Kofi Kingston, o que já bem ser habito, com todo o seu atleticismo, sendo seguido de perto pelo Carlito, que teve sempre o Primo à perna. Quem também esteve muito bem foram o Swagger e o MVP, que, ou muito me engano, devem entra em feud. O final foi bom, com o Carlito a trair o irmão, mais uma vez, e com o Kofi a aproveitar-se da situação para aplicar o Trouble in Paradise, partindo depois para o pin sobre o Carlito, ganhando assim o combate e retendo o título. Resta agora saber com quem é que o Kofi Kingston entrará em feud no futuro, sendo certo que candidatos não faltem, sendo que eu penso que o título já caia bem ao MVP, bem como ao Jack Swagger que, pelo menos por agora, me parecem afastados do título, e eu feud um com o outro.

Depois foi a vez do título feminino ser colocado em jogo, num combate para qual não fiz aposta por ainda não estar marcado, mas que já era um combate que eu antevia e fiz referência que a acontecer seria a Michelle McCool a vencer o combate, mantendo-se assim como campeã, o que se veio a confirmar. Quanto ao combate, não foi nada mau e a Michelle McCool atacou logo a adversária durante a sua entrada. Furiosa, a Melina começou ao ataque logo que o combate começou, castigando a adversário, que ia tentando responder, ainda que sem grande sucesso. À medida que o combate ia evoluindo, a intensidade ia subindo, bem como o envolvimento e a resposta da campeã, que fora do ringue foi castigando a adversário, principalmente, contra a barra de protecção do público. Apesar de tudo, a Melina lá ia resistindo e o combate estava de novo dentro do ringue e bastante equilibrado, com vários pin’s de parte a parte, mas nenhum sem sucesso. A vitória poderia sorrir a qualquer uma das duas, e precisamente numa altura em que era Melina quem estava por cima, a Michelle McCool conseguiu inverter o pin desta para um roll up, que lhe permitiu vencer o combate e manter-se como campeã feminina. Sem dúvida, um combate agradável, que deveríamos ver mais vezes em PPV’s. Contudo, penso que no futuro a Natalya devia também andar envolvida nestas andanças, pois é uma das melhores lutadores da empresa e já à muito que merece um push, que a coloque na luta pelo título.

Seguiu-se o combate pelo título da WWE, que me surpreendeu ser colocado nesta altura do PPV, pois sempre pensei que este seria o Main Event (ou pelo menos co-Main Event) da noite. Quanto ao resultado final, aconteceu o que mais temia: o Randy Orton permaneceu como campeão, tendo inclusive feito o pin sobre o John Cena, o que pelo menos a mim me deixava antever uma continuação da feud entre o campeão e o Triple H, o que pelo menos por agora não acontece, mas o HHH terá sempre uma palavra a dizer. Mas indo ao combate, foi, como era de esperar, muito bom. Logo no início o Orton fugiu para fora do ringue e vimos algum “trabalho de equipa” por parte do Cena e do Triple H que trataram de castigar o Orton dentro e fora do ringue, contudo este cedo conseguiu responder, ficando por cima dos dois adversários. Contudo, no combate predominou o equilíbrio, com ataques de parte a parte e com qualquer um dos três a poder chegar à vitória, em várias situações. Vimos excelentes momentos e ataques, e trocas de murros no centro do ringue, animadas pelos gritos do público, que, algo inexplicavelmente, esteve bastante apático durante todo o evento. O final foi, mais uma vez, excelente e muito bem pensado. O HHH a certa altura consegue levar a melhor sobre o Orton, aplicando-lhe um sharpshooter, ao qual este vai conseguindo resistir, até que aparece o Cena que, ao mesmo tempo, também lhe aplica um crossface e aqui o Orton não consegue resistir e desiste, mas o arbitro não sabendo a qual dos adversários atribuir a vitória não termina com o combate, aparecendo depois os Legacy que ajudam o Orton, que chega à vitória depois de um RKO sobre o Cena. Sem dúvida, um excelente combate, que não percebo muito bem porquê apareceu muito cedo no show e que acabou por ter o resultado que muita gente temia. Resta agora esperar para vermos o que o futuro reserva a estes três lutadores.

Depois tivemos, de novo, Divas em acção (e ainda bem), desta feita com o título das Divas em jogo, onde penso que aconteceu aquilo que já era de esperar, ou seja, tivemos nova campeã, com a Mickie James a vencer a Maryse, num bom combate. A campeã manteve sempre o seu tom provocador, atacando a adversária com força, principalmente, com violentos pontapés. Por sua vez, a Mickie respondeu com ataques rápidos, sem nunca ir nas provocações da adversária. A duas provocaram um excelente espectáculo, num combate bastante equilibrado, com excelentes momentos de parte a parte e com vários pin’s sem sucesso, que tinham sempre resposta da adversária. A vitória, de facto, poderia ter sorrido a qualquer uma das duas, mas pareceu-me que a Mickie foi quem sempre esteve mais perto da vitória (e acho que não estou a ser imparcial), acabando mesmo por ganhar o combate depois de um espectacular DDT, que assim lhe permitiu ganhar o título das Divas. Um bom combate, com uma vitória esperada da Mickie James e parece-me que a feud entre as duas é para continuar por mais algum tempo e a divisão feminina, certamente, beneficiará com isso.

Antes do Main Event tivemos um grande combate pelo título Intercontinental, que opôs o campeão Rey Mysterio ao Dolph Ziggler, sendo curioso constatar, que nos últimos tempos os grandes combates que vemos nos PPV’s são, quase sempre, pelo título Intercontinental, o que tem dado grande credibilidade ao título, e ainda bem que isso acontece. Como disse, não tivemos aqui uma excepção, com este combate a ser muito bom e com o Ziggler a entrar muito bem, com ataques e vários pin’s rápidos, procurando de imediato chegar à vitória. O Rey ia respondendo, também ele, muito bem, mas era o Ziggler quem dominava o combate, conseguindo sempre ficar por cima do adversário, que quando parecia que ia ganhar algum ascendente, voltava a ficar por baixo, sendo que o Ziggler conseguiu, inclusive, evitar o 619, mais do que uma vez. Contudo e apesar deste domínio do adversário, o campeão ia conseguindo escapar aos pin´s, ganhando perto do final algum ímpeto que lhe permitiu, contra a tendência do combate, aplicar o 619 e ganhar assim o combate, permanecendo como campeão. Este foi, claramente, um combate para o Dolph Ziggler brilhar e este aproveitou-o da melhor maneira, provando que merece o push que lhe estão a dar, sendo mais do que certo que esta feud com o Rey Mysterio está para durar e que não tardará muito para vermos o Ziggler campeão Intercontinental.

Para o fim, ficou mais um excelente combate, desta feita pelo título Mundial, onde mais uma vez fui surpreendido, não que a vitória do Jeff Hardy não fosse possível, mas porque pensei que esta não era muito provável de acontecer. Por um lado, porque o CM Punk quer-se afirmar com heel e uma vitória aqui, por pin, mas com batotice, seria o ideal para essa afirmação. E por outro lado, porque a saída do Jeff da empresa parece iminente e não contava que lhe dessem o título nesta altura. Tal não aconteceu e é com agrado que vejo o Jeff Hardy como campeão Mundial, nem que seja só até ao SummerSlam, que ao que tudo indica é por essa altura que o seu contracto expira. Mas como disse, tivemos aqui um excelente combate, com o CM Punk a tentar levar a melhor sobre o adversário nos jogos psicológicos desde o início do combate, mas com o Hardy a não ir “na cantiga” dele. O combate foi extremamente equilibrado do principio ao fim, com os dois a darem o tudo por tudo para chegarem à vitória e terminarem a noite como campeões. Houveram vários ataques e contra-ataques de parte a parte, bem como pin’s e roll up’s que tiveram sempre resposta do adversário. O final foi empolgante, culminando com o Jeff a escapar ao pin depois de um GTS, o que irritou o Punk, que decidiu pegar no título e ir-se embora. O Jeff Hardy não esteve para meias medidas e foi atrás dele, sendo que depois de o estender no chão e de um Swanton Bomb conseguiu vencer o combate e conquistar o tão desejado título Mundial. Sem dúvida, uma excelente vitória do Hardy, que já merecia este título e sempre é uma forma de continuar a feud dele com o Punk, que certamente terá a sua desforra no SummerSlam.


Resumidamente, tivemos aqui um excelente PPV, com excelentes combate e com várias surpresas, pelo menos para mim, pois vi títulos a mudar de mãos que não estava, minimamente, à espera e outros que tinha quase a certeza que iam mudar de mãos e que acabaram por permanecer nas mãos dos campeões.
Destaque para os combates pelo título Intercontinental e pelo título Mundial que foram muito bons e que provam que para se ver bom wrestling é preciso seguir a SmackDown! (isto apesar das fracas audiências do show), bem como para a escolha do Big Show para parceiro do Jericho, o que eu não estava nada à espera.
O que eu também não esperava era que o Randy Orton permanecesse como campeão, o que pode indicar a continuação da feud Orton/HHH por mais algum tempo, o que para já não é o cenário que temos, e até concordo com um Cena/Orton no SummerSlam, mas o Triple H ainda não é carta fora do baralho para uma possível inclusão neste combate, pois em algum combate ele terá que estar envolvido no PPV.
Quanto ao futuro do Jeff Hardy e do título Mundial, só o futuro o dirá, restando-nos esperar para ver as cenas dos próximos capítulos, esperando eu que a feud com o CM Punk seja para continuar e que, se possível, o Jeff se mantenha na empresa, o que para já não é uma hipótese descabida, pois ainda não informações oficiais da sua continuação, nem tão pouco da sua saída.
Esta semana fico por aqui, espero que tenham gostado, peço desculpa por alguma eventual falta de desenvolvimento, pois tive alguns problemas na Internet esta semana (e já na semana passada) o que não me permitiu ver o show da maneira que mais gostaria. A ver se as coisas melhoram daqui para a frente. Bem fico por aqui e, claro, gostava de saber o que acharam deste Night of Champion e de tudo aquilo de novo que ele nos trouxe.
E como sempre fico à espera dos vossos comentários, criticas e sugestões e da vossa opinião não só sobre este tema, mas bem como de outros que achem por bem opinar.
Até à próxima...

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