Michelle Brito fecha 2009 em Taipe. Atleta feminina do ano vira-se agora para os livros.

Michelle Larcher de Brito estava a caminho de terras do Sol Nascente quando, em solo português, a Confederação do Desporto de Portugal lhe atribuía o galardão de atleta feminina do ano pelos feitos na curta mas bem-sucedida carreira, na qual é a primeira tenista a receber tal distinção e a única a ter figurado no top 100 mundial (76.º).

Em busca de pontos que permitam uma entrada directa no Open da Austrália, o único torneio que vai jogar antes de completar 17 anos, a 29 de Janeiro, Michelle vai disputar, na próxima semana, o ITF de 100 mil dólares em Taipé, antes de entrar de férias competitivas e se dedicar aos afazeres lectivos. Uma meta que quer superar em 2010, segundo explicou António Brito, sempre apostado em dar 100 por cento como treinador e como pai, reconhecendo que o futuro também passa pelos livros.

«Gostávamos que a Michelle acabasse o 12.º ano. É importante para ela, pois quando deixar o ténis terá a opção de ir para a faculdade. A ideia agora é que termine o 10.º ano até irmos para a Europa, antes do Verão», referiu o técnico, reconhecendo o esforço que a filha tem de fazer para ser uma tenista que atingiu a 3.ª ronda em Roland Garros e a 2.ª em Wimbledon e no US Open, ser a mais nova no top-100 em 2009 e ainda cumprir rotina estudantil nada invejável no liceu da Florida, EUA, para onde a família se mudou quando a jogadora tinha nove anos.

«A Michelle começou o 10.º ano. Entra todos os dias na escola às 6.30 e quando acaba, às 9 horas, altura em que a professora começa as aulas, vai treinar. Às vezes ainda regressa à escola. É o normal da vida de tenista: Jelena Jankovic e Mónica Seles também o fizeram com esta professora», conta.

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